Se você fosse o responsável por fazer o jantar de confraternização de final de ano, e fosse fundamental que as pessoas ficassem felizes com o jantar, pois seria uma oportunidade de ser promovido, o que você escolheria como entrada, prato principal, sobremesa e bebidas?
Antes do contato com o design provavelmente minha resposta seria algo vago, escolheria algo que eu gosto, talvez uma comida da moda. Eu procuraria respostas antes de fazer perguntas.
E conforme Tamella (2016) no livro a revolução do design comenta, se temos um problema temos que pensar nas perguntas certas
"Se eu tivesse uma hora para resolver um problema e minha vida dependesse da solução, gastaria os primeiros 55 minutos determinando a pergunta certa a fazer, e uma vez que eu soubesse a pergunta, poderia resolver o problema em menos de cinco minutos (TAMMELA, 2016, p .24).
Sem uma definição de forma estratégica baseada no design é provável que fique confuso e escolha uma receita generalista, baseada em seu gosto pessoal, entretanto, é possível que nem todos gostem ou possam comer as comidas escolhidas. Inúmeros problemas podem surgir, como seu chefe não gostar da comida, alguém ser alérgico ao prato principal.
Portanto, ao preparar um jantar onde seja relevante que as pessoas gostem da comida é importante entender coisas básicas como:
Quais são as restrições alimentares das pessoas?
Quais comidas elas não gostam/comem?
Essa parte poderia ser solucionada com um questionário, no lugar de supor o que seria a melhor opção de comida é desejável entender quais são as restrições alimentares e comidas que as pessoas não comem.
Como a ideia é agradar às pessoas, o questionário deve ser pensado para evitar possíveis frustrações, sendo mais interessante que se compreenda o que as pessoas não gostam do que seus pratos favoritos, pois caso ela responda e não encontre seu prato no dia ela pode se decepcionar.
Após ter essas definições que podem ser respondidas com um simples questionário, você parte para analisar quais são as suas competências e quais são os seus recursos disponíveis para decidir onde e como o jantar será realizado, começando então o planejamento.
E claro, esse é um exemplo simples e hipotético, mas quantas vezes começamos a planejar e procurar por respostas pelas quais não fazemos as perguntas?
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