Por trás da perfeição existe o humano (que é imperfeito por natureza).
Na arte, nos negócios, na vida… tem-se a ideia de que existe um caminho que pode te levar à perfeição. Entretanto, o perfeito é um conceito que se alcança quando se trilha o caminho do imperfeito. Sabe por quê? No caminho do imperfeito, erros também são acertos, e isso pode até parecer impossível, e talvez seja. No imperfeito, o impossível é bem aceito.
Enquanto isso, o caminho da perfeição é pequeno demais; ali, as possibilidades são tão limitadas que parece não haver espaço nem mesmo para os questionamentos. Então, como poderíamos, ali, aprender com os erros? E se não aprendemos com os nossos erros, passamos a repeti-los e continuamos a ser os mesmos, e até podemos alcançar a perfeição, mas quando alcançarmos, o conceito de perfeito estará desatualizado.
A inovação, por exemplo, ela não existe no caminho da perfeição, pois, parte de algo novo, nada que foi disruptivo, seja na arte ou na tecnologia, surgiu seguindo o caminho da perfeição.
Por isso, quando me perguntam que caminho seguir, recomendo que vá pelo caminho dos erros, esse é o caminho onde encontramos o lado humano, e quanto mais o lado humano surge, mais perto estamos de estar no caminho que talvez um dia alguém conceitue como perfeito.
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